A construção civil e os seus impactos no meio ambiente

A construção civil é um dos setores que mais movimenta a economia no mundo. De acordo com uma pesquisa feita pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e divulgada pela FGV, o setor gera mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos, todos os anos.

No entanto, ao mesmo tempo em que emprega e atua na economia positivamente, a construção civil também consome boa parte dos recursos naturais, uma vez que as obras duram décadas e utilizam quase 80% dos recursos ambientais.

Abaixo, acompanhe tudo o que a construção civil causa ao meio ambiente e como esses danos podem ser revertidos a partir de soluções e práticas ideais.

Danos ao meio ambiente

Além de ser um destaque no âmbito nacional, o setor de construção civil produz cerca de 50% dos resíduos sólidos (RSCC) do Brasil.

No entanto, esses tipos de resíduos estão presentes em todas as obras, não tem como fugir. Entretanto, para cada tipo de resíduo existe uma nomenclatura diferente.

Os Resíduo de Construção e Demolição (RCD), Resíduos Sólidos de Construção Civil (RSCC) e Resíduo da Construção Civil (RCC).

De acordo com o Conceito Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, embora os nomes sejam diferentes, o conceito é o mesmo.

Ou seja, tudo o que provém das construções são considerados como entulhos, caliça ou metralha. Confira os principais resíduos da construção civil:

  • Blocos;
  • Tijolos;
  • Concreto;
  • Tintas;
  • Colas;
  • Argamassa;
  • Gesso;
  • Vidros;
  • Plásticos;
  • Fiação elétrica.

Ainda de acordo com a CONAMA, cada material se encaixa em uma determinada categoria, classificada por A, B, C ou D.

Lembrando que os que entram na categoria A, são menos prejudiciais ao meio ambiente, podendo ser reciclados ou reutilizados (tijolos e telhas, por exemplo).

Na categoria B, entram os materiais que podem ser reciclados ou que tomam outra serventia (gesso, madeira, vidro). Na categoria C, se encaixam os materiais que não servem nem para reciclar ou reusar (lixas, estopas, pincéis).

Por fim, a categoria D abriga os materiais tóxicos e nocivos à saúde (solvente, tintas, amianto). Veja alguns dos principais danos causados ao meio ambiente pelo excesso de resíduos:

  • Favorece a proliferação de insetos;
  • Acumula água;
  • Atrai animais indesejados (ratos e aranha);
  • Polui o ambiente;
  • Afeta a saúde pública.

Mas, existem algumas práticas e ações que diminuem esses impactos e que já estão sendo adotadas por grandes indústrias da construção civil, como o gerenciamento de resíduos sólidos.

Sustentabilidade e construção civil

As empresas e grandes indústrias, estão cada vez mais focadas no bem-estar da população, no que diz respeito à preservação do meio ambiente.

Por conta disso, a coleta, transporte e tratamento adequado de resíduos sólidos, é uma prática presente na rotina das mega construções.

O gerenciamento de resíduos sólidos na construção diminui, principalmente, a quantidade de entulhos que é dispensado em terrenos baldios, por exemplo.

Para que isso seja possível, foi desenvolvido um conjunto de procedimentos, que é planejado e conta com o devido tratamento das sobras de materiais de construção.

A criação dessa gestão, só foi possível a partir do monitoramento ambiental que, estuda e analisa o ambiente por meio da coleta de dados.

O objetivo principal da análise, consiste na identificação das condições dos recursos naturais em médio e longo prazo.

Em resumo, monitorar o ambiente permite a compreensão da relação entre o meio ambiental e o homem, bem como as ferramentas que auxiliam a manter o equilíbrio ecológico.

O monitoramento ambiental legislação determina que as informações adquiridas, através da coleta de dados devem ser usadas para subsidiar ações de controle, a partir da fiscalização e planejamento.

Alternativa sustentável

A água é o bem mais precioso de todo o mundo e é utilizada para quase tudo, o que envolve o consumo humano, necessidades básicas e, inclusive, na construção civil.

Por conta disso, existem as práticas e alternativas sustentáveis como a estação de tratamento de água. Este tipo de funcionalidade, em um canteiro de obras, diminui até 50% do consumo hídrico.

A água de reuso pode ser utilizada para diversas finalidades, como para dar descarga em banheiros e irrigação de jardins. Com isso, o recurso é poupado e utilizado para fins mais importantes e evita o desperdício.

Confira as etapas químicas da água de reuso

  • Captação (seleção da água);
  • Coagulação (identificação de resíduos);
  • Floculação (união das partículas)
  • Decantação (separa os resíduos da água);
  • Filtração (eliminação de resíduos);
  • Cloração (água limpa e pronta para uso).

Entretanto, a estação de tratamento da água etapas químicas, embora deixe a água com aparência alcalina, não é indicada para beber.

Pois ainda apresenta alguns microrganismos em sua composição. Por isso, o ideal é utilizá-la em serviços de limpeza e manutenção.